Cada mulher possui o seu fluxo menstrual próprio e, por isso, o assunto tem sido debatido com força nas redes sociais e em diversas rodas de conversa.

A relação das mulheres com seu fluxo tem ganhado discussões interessantes, para tornar esse contato mais leve, natural e, sobretudo, sustentável.

Uma vez que a pauta da sustentabilidade tem ganhado cada vez mais força na sociedade, muito tem se repensado a respeito da substituição dos absorventes tradicionais descartáveis por versões alternativas e mais alinhadas às práticas sustentáveis, contribuindo também para a relação das mulheres com seu ciclo menstrual.

O absorvente tradicional pode demorar anos para se decompor na atmosfera, além de constantemente receber reclamações das mulheres por provocar desconfortos durante os dias de menstruação.

Para promover um melhor bem-estar às mulheres durante esses dias, métodos alternativos ganharam força e conquistam o público, fazendo com que esse momento de tantas mudanças e alterações seja vivido com um pouco mais de leveza.

‌Qual é o impacto dos absorventes descartáveis ao planeta?

A base de produção dos absorventes descartáveis é semelhante às que são utilizadas em fraldas, tendo como base o petróleo e as árvores.

Para sua produção são utilizados: a celulose, propileno, polietileno, papel siliconado, adesivos termoplásticos, polímero ultra absorvente e um controlador de odores.

Os absorventes tradicionais são compostos basicamente de plástico polietileno, que se trata da fita adesiva que se fixa na calcinha e que é altamente poluente na natureza. Além disso, possuem em sua composição produtos químicos, como o cloro, rayon e dioxina.

Considerando toda essa quantidade de plástico em sua composição, e o tempo em que uma mulher menstrua em sua vida, o acúmulo de todo esse material vai para os aterros sanitários.

Os compostos químicos, uma vez em contato com o solo, são rapidamente absorvidos pela terra, contribuindo para a contaminação das águas subterrâneas e até do ar.

Por ter sua base feita de plástico, os absorventes tradicionais podem levar séculos para se decompor totalmente na natureza, contribuindo para a poluição e desequilíbrio ambiental do planeta.

Fluxo Menstrual
Fluxo Menstrual

Principais métodos alternativos para lidar com o fluxo menstrual

Com a pauta da sustentabilidade cada vez mais em alta e com temas como menstruação ganhando espaço nos debates femininos, é fácil perceber a articulação feminina a respeito de novos métodos para substituir o uso do absorvente descartável.

É muito comum ver mulheres relatando desconfortos causados pelos absorventes. Como exemplo, podemos citar alergias, irritações e vermelhidão, muitas vezes por conta do plástico, e os géis que podem alterar o PH vaginal e causar desconfortos que podem durar todo o ciclo.

As novas alternativas para substituir os absorventes tradicionais conquistam muitas mulheres e cada vez mais ganham espaço durante o ciclo, ressignificando a menstruação e a relação das mulheres com ela, confira!

Calcinhas absorventes

A calcinha absorvente é a melhor opção para quem busca praticidade, conforto e proteção para os dias de menstruação. Geralmente, elas são produzidas com tecidos tecnológicos, impermeáveis e antibacterianos.

Esse método é repleto de segurança, pois consegue segurar o fluxo por mais tempo, em especial os mais intensos, deixando a mulher completamente seca.

O segredo das calcinhas absorventes é o tecido em que são confeccionadas, que são respiráveis e impermeáveis. A mulher não fica em contato com seu fluxo, que é absorvido pelo tecido, reduzindo o risco de vazamentos.

Há marcas que prometem a duração aproximadamente 100 lavagens, sem perder a ação impermeável e antibacteriana da calcinha.

Após o uso, é só deixar de molho a calcinha absorvente por até 30 minutos, e depois esfregar com as mãos, ou após esse tempo, retirar o excesso do fluido absorvido da peça, colocar dentro de um saquinho de lavagem e levar para máquina de lavar. Após a lavagem é só estender e deixar secar naturalmente.

Podem durar até 12 horas, porém esse tempo vai depender muito do fluxo menstrual durante o uso. Além disso, leve sempre uma unidade a mais para realizar a mudança, guardando o modelo usado em um saquinho impermeável para lavar depois.

Uma dica antes de comprar é conhecer bem seu fluxo e ficar atenta ao tempo de troca da calcinha. E há modelos de calcinhas absorventes para todos os ciclos menstruais, desde os mais leves até os mais intensos, para fornecer conforto e segurança em todos os momentos.

Coletor menstrual
Coletor menstrual

Coletor menstrual

O coletor menstrual, também conhecido como “copinho”, é confeccionado em silicone adaptável e que não causa alergias às mulheres que fazem seu uso.

Os modelos variam bastante, alguns são mais firmes e outros mais leves, porém todos sempre são pensados para se adaptar aos mais variados tipos de canal vaginal, de forma confortável.

O copinho menstrual permite que as mulheres tenham um maior conhecimento e entendimento de seu corpo. Sendo um dos primeiros métodos a promover essa maior relação e o debate mais intenso sobre o comportamento feminino durante o ciclo menstrual.

Além disso, eles são muito duráveis, podendo ser utilizados por até três anos e super seguros, já que seu uso pode ser feito por longos períodos, chegando a 12 horas de utilização.

Higiênico, basta usar sabão neutro e água para realizar a lavagem e esterilizar o item em água fervente para manter sua vida útil em dia.

Para muitas mulheres, o uso do coletor ainda é novidade, uma vez que a ideia de ter um copinho em seu organismo pode parecer estranha.

Porém, vale lembrar que entender a posição correta de uso é essencial para ter conforto durante o período de menstruação, optando por um método alternativo super eficaz.

Absorventes reutilizáveis
Absorventes reutilizáveis

Absorventes reutilizáveis

Muitas mulheres ainda têm dificuldades em entender que lavar o próprio absorvente pode ser uma opção mais assertiva e ecológica para conter o seu fluxo menstrual.

Mas ela existe, e apesar de ser considerado um método antigo, as soluções oferecidas, atualmente, são descomplicadas e auxiliam no dia a dia da mulher.

Os tecidos utilizados na confecção dos absorventes reutilizáveis possuem propriedades tecnológicas, com ações antibacterianas e maior absorção, diferentes do que se usava antigamente. Além disso, os tecidos não mancham, o que facilita bastante o processo de lavagem.

Esse é mais um dos métodos utilizados na atualidade para evitar o uso dos absorventes descartáveis, proporcionando maior conforto para as mulheres e menos impactos ao meio ambiente.

Os plásticos envolvidos na fabricação dos absorventes tradicionais, além de causarem desconfortos, poluem o ambiente, causando sérios danos ambientais.

O absorvente reutilizável pode ser lavado em média 50 vezes, o que dá aproximadamente dois anos de vida útil, e a forma de uso é a mesma do absorvente de plástico.

Porém, com uma facilidade ainda maior: o uso de velcros ou botões, que uma vez colocados de maneira correta garantem uma maior proteção, absorvendo o fluxo e evitando os temidos vazamentos.

Para as mulheres que possuem uma vida super corrida, basta levar dentro da bolsa uma unidade a mais para a troca, considerando seu fluxo para saber quantas unidades são necessárias ao dia. Depois da troca, basta armazenar o que foi trocado em um saquinho.

Esta costuma ser uma opção para quem deseja deixar de lado o absorvente convencional, porém não conseguiu se adaptar com o coletor menstrual.

Considerar seu fluxo menstrual e os métodos alternativos para passar os dias de ciclo são essenciais para promover um melhor contato e relação com o período, passando por ele de maneira mais leve, confortável e ecológica.

Por isso, dar uma chance aos novos métodos, como a calcinha absorvente, é descobrir uma maneira mais sustentável de lidar com o fluxo menstrual, impactando menos o meio ambiente e, claro, proporcionando maior bem-estar ao corpo, durante esses dias incômodos. Gostou do artigo? Compartilhe-o com suas amigas!

Avatar de Nathan López Bezerra

Formado em Publicidade e Propaganda pela UFG, Nathan começou sua carreira como design freelancer e depois entrou em uma agência em Goiânia. Foi designer gráfico e um dos pensadores no uso de drones em filmagens no estado de Goiás. Hoje em dia, se dedica a dar consultorias para empresas que querem fortalecer seu marketing.